A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anuncia novas sanções nesta quarta-feira
Reuters – A União Europeia deve definir sanções petrolíferas contra a Rússia nesta quarta-feira (4), enquanto as forças militares russas atacam alvos no leste da Ucrânia, disparando foguetes contra a usina siderúrgica de Azovstal, que é o último reduto de resistência na cidade portuária de Mariupol.
Dezenas de evacuados que conseguiram deixar a cidade sob os auspícios da ONU e da Cruz Vermelha chegaram à relativa segurança em Zaporizhzhia, controlada pela Ucrânia, na terça-feira, depois de terem permanecido por semanas em bunkers nos subterrâneos da siderúrgica.
Desalojados de aparência cansada, incluindo crianças e idosos, desceram de ônibus depois de escapar das ruínas de sua cidade natal no sudeste da Ucrânia, cujo controle a Rússia reivindica.
A Rússia tem como alvo Mariupol, pois busca isolar a Ucrânia do Mar Negro e conectar o território que já controla no sul e no leste. Partes das regiões orientais de Donetsk e Luhansk foram mantidas por separatistas apoiados pela Rússia antes de o presidente Vladimir Putin lançar a invasão em 24 de fevereiro.
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Mais de 200 civis permanecem na usina, de acordo com o prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko, com 100.000 civis ainda na cidade.
Atingida por sanções ocidentais, a Rússia agora enfrenta novas medidas da UE que visam seus bancos e indústria de petróleo – um passo importante que os países europeus vão dar pois eles dependem fortemente da energia russa.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deve definir as novas sanções propostas nesta quarta-feira, incluindo a proibição das importações de petróleo russo até o final deste ano.
A Rússia não mostrou sinais de recuar depois de quase 10 semanas no que chama de “operação militar especial”. A economia da Rússia está caminhando para sua maior contração desde os anos que se seguiram ao desmembramento da União Soviética em 1991.
Putin elevou as apostas econômicas para os apoiadores ocidentais de Kiev ao anunciar planos para bloquear as exportações de matérias-primas vitais.
As forças russas voltaram seu maior poder de fogo para o leste e o sul da Ucrânia. Mas também houve novos ataques no oeste na terça-feira. O prefeito de Lviv disse que os ataques com mísseis russos danificaram as redes de eletricidade e água na cidade perto da fronteira polonesa, por onde fluem suprimentos de armas ocidentais para os militares da Ucrânia.
As forças russas também atacaram seis estações ferroviárias no centro e oeste do país, disse o chefe das ferrovias da Ucrânia, Olesksandr Kamyshin. Não houve feridos em civis, acrescentou ele no Twitter.
No leste, os ataques russos em Donetsk na terça-feira mataram 21 civis e feriram 27, disse o governador regional Pavlo Kyrylenko.
Ataques e bombardeios também se intensificaram em Luhansk, com a área mais difícil sendo Popasna, onde foi impossível organizar evacuações, disse o governador regional Serhiy Haida.
“Não há cidades seguras na região de Luhansk”, disse ele no serviço de mensagens Telegram.
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