“Não é mais provável que os mortos nas valas sejam vítimas dos neonazistas do Batalhão de Azov?”, questiona a jornalista Hildegard Angel
Por Hildegard Angel, do Jornalistas pela Democracia
Não encontrei registros de exércitos de países em guerra, que tenham enterrado os inimigos que mataram em combate. Mas Zelensky diz que os russos enterraram milhares de ucranianos em valas, na cidade de Mariupol.
Não é mais provável que os mortos nas valas sejam vítimas dos neonazistas do Batalhão de Azov? Afinal, eles é que precisam esconder seus “rastros” de selvageria dos olhos do mundo, não os russos.
Não podemos aceitar tudo o que a mídia nos entrega mastigado e de bandeja. Temos de questionar sempre, conferir e pesquisar. Posso estar errada, é bem estranho imaginar invasores russos cavando valas imensas, para enterrar inimigos que mataram, e lhes dar um “fim cristão”.
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Vejam o que escreveu o soldado Joseph Caillat, do 54º Batalhão da infantaria francesa, após batalha na Lorena, fronteira com a Alemanha, na 1ª Guerra Mundial:
“Nós marchamos para a frente, os alemães recuaram. Atravessamos o terreno em que combatemos ontem, crivado de obuses, um triste cenário a observar. Há mortos a cada passo, mal podemos passar por eles sem passar sobre eles, alguns deitados, outros de joelhos, outros sentados e outros comendo. Os feridos são muitos e, quando vemos que estão quase mortos, nós acabamos o sofrimento a tiros de revólveres”.
Essa descrição do soldado, mesmo sendo de 1914, faz bem mais sentido do que o que dizem hoje os telejornais.
Esse marketing da guerra está intragável, e essa mídia que se presta ao papel de mera repetidora das versões de um único lado é lamentável.
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
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